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[ROTEIRO e PODCAST] Amor e Saúde LGBTI+

Amor, Orgulho e Saúde Integral de Pessoas LGBTI+
SulaCast Externo - T02E002

[CABEÇA DO EPISÓDIO]
Além das festas juninas, o mês de junho é conhecido por outras duas datas comemorativas: o Dia dos Namorados, dia 12, e o dia do Orgulho LGBTI+, lá no dia 28. E é muito comum juntar os dois assuntos na mesma conversa, afinal tem tudo a ver, né? Amor, Orgulho LGBTI+...  É tem a ver, mas não é assim tão simples.

A gente tem tido cada vez mais visibilidade para as pautas LGBTI+. Estamos vendo mais representatividade em novelas e filmes, na mídia em geral. Um casal gay aqui, duas mulheres lésbicas ali, travestis em reality shows, e isso é muito importante para fortalecermos o respeito à diversidade. Claro que as narrativas ainda podem melhorar no que diz respeito à abordagem, quebra de estereótipos e no quanto a sexualidade ou gênero ainda são a questão central dessas personagens.
No mundo corporativo também vemos, hoje em dia, homens gays, mulheres lésbicas, pessoas não binárias e também pessoas trans, ainda que essas em menor número, ocupando cargos e espaços aos quais não tínhamos acesso há alguns anos. E isso cria um ambiente mais seguro e acolhedor para pessoas LGBTI+. Contudo, mais uma vez, ainda temos um longo caminho pela frente.

Assim como Lulu Santos, consideramos justa toda forma de amor, e não só justa como necessária e merecedora de respeito. Todo amor é válido. Mas para amar, precisamos estar vivos, precisamos estar empregados, precisamos ter saúde. Por que algumas pessoas LGBTI+ ainda tem medo de serem quem são e de amarem da sua forma? Quais corpos tem afeto no mundo?
Inevitável nos questionarmos: o que nós podemos fazer para mudar isso? E por nós eu quero dizer sociedade, seja você uma pessoa LGBTI+ ou não. E como diria Marsha P. Johnson, mulher trans negra precursora do movimento LGBTI+ nos Estados Unidos, “Sem orgulho para alguns de nós, sem libertação para todos nós.” 

Então vamos conversar, trocar experiências, conhecer outras perspectivas e internalizar que o respeito é a base de tudo. No fundo, tudo o que esse editorial quer provocar, antes de entrarmos no episódio de vez, é: o amor é pra todo mundo, mas como ele se manifesta para pessoas LGBTI+? E Saúde integral, é a mesma coisa para esse grupo?
Bora pro episódio.


[CONTEÚDO]
Olá, meus amores, tudo bem? Estamos de volta com o SulaCast, o podcast de Saúde Integral da SulAmérica! Eu sou o Marcus Vieira, vou apresentar o episódio de hoje e estou com uma convidada super especial, ela que, entre muitas outras coisas, é Drag Queen e Doutora em Ciências da Saúde, Dimitra Vulcana, a Doutora Drag. Seja bem vinda, Dimitra! Tudo bem?

Maravilhosa! Vou começar nosso bate papo com uma pergunta meio abstrata, eu quero saber: pra você o que é a comunidade LGBTI+?

Perfeito! Então baseado em tudo isso que você falou, como você enxerga o amor para as pessoas LGBTI+, e entre pessoas LGBTI+?

A ideia que temos do amor romântico, que nos é ensinada desde a infância, seja em casa, seja na mídia etc, ela não é a mesma para nós LGBTI+. Ela aliás exclui essa comunidade do campo afetivo. A que afetos as pessoas LGBTI+ têm acesso?

Acho que para qualquer pessoa, relacionamentos sempre trazem diversos desafios. Mas para pessoas LGBTI+ existem outras peculiaridades, concorda? Então como construir um relacionamento saudável sendo uma pessoa LGBTI+?

Agora saindo só um pouquinho da pauta relacionamento, e abrangendo um pouco mais para o conceito de saúde integral. Você acha que para a Comunidade LGBTI+ as saúde emocional, saúde física e financeira, são muito diferentes do que são para as pessoas de fora dessa sigla?
Saúde Emocional - culpa, autocobrança, ansiedade
Saúde Física - a pluralidade dos corpos
Saúde financeira - primeiramente, estar empregado.

E pegando de volta o gancho do início do episódio, mas tendo em mente tudo que falamos aqui sobre amor, relacionamentos LGBTI+ etc, falando de amor em si, você acha que o amor faz bem pra Saúde Integral?

Marsha P. Johnson, mulher trans, preta, uma das grandes representantes da luta e movimento LGBTI+ nos EUA, certa vez disse, “sem orgulho para alguns de nós, sem libertação para todos nós”. Como você interpreta essa frase no contexto que estamos tratando aqui hoje?

Agora para citar uma brasileira, Nany People, mulher trans, artista, em uma entrevista que eu vi recentemente, disse:
A vida sem amor não tem sabor,
O gesto sem amor não tem valor,
A reza sem amor não tem louvor,
Seja em que estado for o amor causa furor.
Uma coisa assim mais romântica poética, mas acho que a gente pode interpretar esse trecho também como amor próprio, né?

E pra fechar, como a gente pode acrescentar o orgulho nessa conta? Orgulho de ser LGBTI+, de ser quem somos, orgulho de amar quem amamos e como amamos.
Antes da gente se despedir, você tem alguma indicação cultural para dividir com nossos ouvintes, que possa ajudar a Comunidade LGBTI+ a criar uma relação melhor com a sua Saúde Integral?

[ENCERRAMENTO]
Dimitra, que honra que foi conversar com você hoje! Muito obrigado pela sua participação! Foi absolutamente tudo pra mim ter você aqui conosco, dividindo conhecimento e informações tão relevantes. Quer mandar um recadinho final para os ouvintes?

Maravilhosa! E antes de ir quero lembrar que Saúde Integral é um resultado do tempo, das oportunidades e das escolhas que fazemos todos os dias. E para pessoas LGBTI+ essas escolhas envolvem outros fatores. E você, pessoa LGBTI+ que está ouvindo a gente, e de fora da comunidade também, quer descobrir como anda a sua Saúde Integral? Acesse: www.sulamericasaudeintegral.com.br Faça um teste e descubra se o seu corpo, mente e finanças estão em equilíbrio.

É isso, vou ficando por aqui.
Até o próximo episódio!
Beijossss!
[ROTEIRO e PODCAST] Amor e Saúde LGBTI+
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